“Mais do que nunca, estamos conscientes da fragilidade do ser humano”, diz psicóloga

O momento de pandemia faz com que o mundo entre em um momento de reflexão e entenda, sobretudo, o quanto a fragilidade humana pode se tornar evidente diante de um inimigo invisível em questão de segundos, como acontece na contaminação com o vírus Covid-19, explica a psicóloga Silvia Álava.

“Hoje é o Dia Mundial da Saúde. E este ano, mais do que nunca, estamos conscientes da fragilidade do ser humano, da importância da saúde e das consequências de sua ausência”, disse ela em um artigo para à agência francesa EFE.

Por ser hoje o Dia Mundial da Saúde, Silvia lembrou que a saúde vai muito além da ausência de doenças, como define a própria OMS, mas que diz respeito também ao estado emocional dos indivíduos diante das circunstâncias, como é o caso de uma pandemia global, por exemplo.

A psicóloga fez um alerta sobre os estigmas que ainda cercam os indivíduos com algum transtorno mental/emocional, especialmente em um contexto como o atual, de pandemia, onde pela falta de compreensão do problema os sintomas podem se agravar.

“Esses estigmas dificultam as pessoas a pedir ajuda ou a encontrar apoio em seu círculo mais próximo de família, amigos, trabalho, simplesmente por ignorância. Agora, mais do que nunca, é necessário cuidar de nossa saúde física e mental”, afirmou a psicóloga.

Silvia destacou seis pontos que devem ser observados durante a pandemia, tais como a aceitação da situação, ou seja, não querer fingir que nada de anormal está acontecendo, mas encarar a realidade como ela é. Reservar um momento para o autocuidado, investindo nas coisas que gosta e lhe traz prazer.

Fazer apenas o que está ao seu alcance é outro conselho da psicóloga, já que “ruminar demais coisas que não dependem de nós é um inimigo do nosso equilíbrio emocional”. Reconhecer os próprios limites diante dos problemas e saber pedir ajuda profissional especializada se necessário, são outras duas recomendações de Silvia.

“Seja realista, não se trata de inventar um mundo fictício de rosas. A situação é muito complicada e muito difícil. Há pessoas doentes e, infelizmente, também há mortes, mesmo assim será complicado, mas vamos sair disso. Mantenha a esperança e procure coisas que o excitem”, conclui Silvia.