Conforme o Psicologia Notícias apontou horas atrás, a suspeita de que a mulher flagrada com o mendigo Gilvaldo Alves de Souza estivesse sofrendo de alguma desordem psicológica acabou de ser confirmada. Um laudo médico elaborado a pedido da justiça e revelado nesta sexta-feira apontou que a esposa do personal Eduardo Alves teve um “transtorno psicótico”.
O laudo usou a classificação internacional de doenças registrada na F31.2 CID-10. “Trabalhamos com a hipótese diagnóstica de transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica”, diz o documento.
Foi revelado também que a mulher, após a ocorrência, obteve o tendimento do Hospital Regional de Planaltina (HRPL), onde chegou apresentando alterações comportamentais e quadro delirante, precisando ser internada numa unidade psiquiátrica.
No mesmo dia em que foi vista pelo marido tendo relações sexuais com o mendigo em seu próprio carro, a mulher também foi atendida por uma psiquiatra, a qual fez um diagnóstico de bipolaridade em fase maníaco-psicótica.
“Não é capaz de responder por si”
O médico que assinou o laudo, o psiquiatra do HUB Mário de Abreu Gonçalves, afirmou que a mulher de Eduardo Alves não possui condições de responder por seus atos neste momento. Ela se encontra internada no Hospital Universitário de Brasília.
“Acreditamos que, neste momento, em razão de seu estado psicopatológico, a paciente não é capaz de responder por si, tampouco de exercer vários atos da vida civil, em especial o de assinar documentos e procurações, assim como de celebrar contratos ou contratar serviços de qualquer natureza”, disse o médico, segundo o Correio Braziliense.
Ainda segundo o laudo médico, a mulher vinha apresentando sintomas típicos de adoecimento mental há meses, os quais resultaram no transtorno psicótico maníaco que levou ao ato sexual arriscado com o morador de rua.
“Foram descritas: alucinações auditivas, delírios grandiosos e de temática religiosa, hipertimia, falso reconhecimento, comportamentos desorganizados e por vezes inadequados”, descreve o médico no documento.
A psicóloga Marisa Lobo, citada na matéria anterior do Psicologia Notícias, já havia apontado a possibilidade de surto psicótico no caso. “Algumas pessoas enfrentam problemas emocionais, psicológicos e comportamentais a ponto de fazer coisas bizarras e perigosas contra elas mesmas”, disse a especialista.
“Não significa que a pessoa realmente queira fazer algo contra si, mas que por alguma razão não consegue deixar de fazer, ou faz em um momento de delírio, surto, profunda angústia ou agitação”, explicou Marisa em suas redes sociais.