O contexto de pandemia do novo coronavírus tem provocado preocupação no âmbito psicológico, visto que muitos psicólogos nunca se depararam com uma situação de tamanha magnitude no campo da saúde pública e mental.
Pensando nisso, o Conselho Federal de Psicologia resolveu publicar uma série de recomendações para a categoria, focando na comunicação dos óbitos das vítimas da Covid-19, feitas em muitos casos nos hospitais pelos psicólogos.
“Diante da atual crise pandêmica mundial, de enfrentamento do COVID-19, reforçou-se a demanda por psicólogas¹, em contexto hospitalar, para realizar a comunicação de óbitos”, diz o texto.
“Entretanto, ocorre que psicólogas geralmente não conhecem detalhes da causa mors, ou não têm conhecimento de todo o processo de cuidados pelos quais o paciente passou, assim como não há previsão legal ou prerrogava, ou mesmo condições técnicas e teóricas necessárias para que se realize tal serviço”, destaca.
A nota alerta para que os psicólogos não assumam funções alheias à competência da profissão, mas ressalta a importância da cooperação com outros profissionais, especialmente considerando o contexto de urgência pelo qual atravessa o país.
“Em contexto mulprofissional, é dever fundamental da psicóloga ‘ter para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por movo relevante’ (CEPP, alínea ‘j’ do Art. 1º)”, diz o texto.
O documento pontua: “Diante do exposto, recomendamos que a psicóloga não realize a comunicação do óbito. Ademais, reforçamos a importância de que a psicóloga colabore, no limite de suas atribuições e conhecimento, com a equipe de saúde na prestação e no manejo de informações após o comunicado de óbito à família ou colevidade, visando ao melhor atendimento ao usuário de serviços de saúde.”
Para ler a íntegra das recomendações, clique aqui.